Um DSS é um sistema controlado por um ou mais decisores no sentido de melhorar a eficácia do resultado do processo de decisão. Suporta este processo, disponibilizando um conjunto de ferramentas que ajudam a estruturar os problemas de decisão.
Características comuns aos DSS
• Utilizados em contextos semi-estruturados ou não estruturados, ou seja, onde existe incerteza associada;
• Visa suportar os decisores e não substituí-los;
• Centra-se na eficácia do processo de decisão e não na sua eficiência– ou seja, não se pretende a melhor solução, mas uma solução em tempo útil – princípio do satisficing;
• Interliga dados e modelos – aos invés de sistemas análogos que são centrados apenas a modelos ou apenas a dados;
• Encontra-se sob o controlo do decisor e facilita a sua aprendizagem;
• Deve ser desenvolvido de um modo iterativo;
• Deve responder às questões quer de índole estratégica quer operacional, servindo tanto a gestão de topo como os gestores de linha;
(elementos adaptados de Decision Support Systems in the 21st Century -Marakas, George)
Dedução e Indução
A dedução e a indução são dois tipos de inferências. A Dedução é o mais simples e fidedigno. Parte de uma premissa maior para uma menor. Este raciocínio baseia-se na veracidade das premissas: se as premissas são verdadeiras, a conclusão será igualmente verdadeira.
A indução é mais do que a mera aplicação de uma regra geral a um caso particular. Parte de uma premissa menor para uma maior, ao contrário do raciocínio Dedutivo. A indução é a inferência de uma conclusão, a partir da análise de um determinado caso e do seu resultado. Sendo assim, ela ocorre quando generalizamos a partir de certo número de casos em que algo é verdadeiro e que pode ser aplicado a situações idênticas.
Quando utilizamos modelos que explicam a realidade do nosso negócio e a partir deles obtemos novos dados, estamos a usar um processo dedutivo. Com os dados obtidos, estamos a gerar novo conhecimento e podemos validar o modelo de partida. Como se costuma dizer, conhecimento gera conhecimento. A validação do modelo pode levar a ajustes, e o novo modelo por sua vez, poderá dar origem a novos dados, ou seja, este é um processo iterativo em cuja progressão iremos sucesivamente dispor de um modelo mais colado à realidade e com maior capacidade de geração de informação auxiliar à tomada de decisão.
Note-se que muitas vezes não dispomos à partida de um modelo e o que fazemos é, descobrindo as relações escondidas entre variáveis, propor um modelo. Este é um processo de indução.
Indicador
Definições de Indicador elaboradas por Maria das Graças Rua:
“- Indicadores são unidades de medida que permitem "aferir" resultados, impactos, qualidade, etc., dos processos e das intervenções (projectos, programas ou políticas) na realidade.
- Os indicadores são instrumentos de gestão, essenciais nas actividades de manutenção e avaliação de projectos, programas e políticas, porque permitem acompanhar a procura das metas, identificar avanços, ganhos de qualidade, problemas a ser corrigidos, necessidades de mudança, etc.
- Os indicadores não são simplesmente dados: são uma atribuição de valor a objectos, acontecimentos ou situações, de acordo com certas regras, para que possam ser aplicados critérios de avaliação como eficácia, efectividade, eficiência e outros.
- Enquanto medidas, os indicadores devem ser definidos em termos operacionais: por meio das categorias pelas quais se manifestam e podem ser mensurados; e por meio das suas evidências físicas e documentais.”
Os indicadores são portanto, unidades de medida que permitem tirar conclusões/características de determinadas situações da realidade, dando-nos desta forma uma visão do seu estado.
Os factos do modelo dimensional representam os indicadores/métricas do negócio a ser analisado. Os indicadores e as métricas revelam o comportamento e o desempenho do negócio. Desta forma será possível retirar conclusões das situações que se pretende analisar, a partir dos valores associados aos indicadores e às métricas escolhidas. O foco de análise devem os indicadores da organização e os dados necessários para calculá-los. Pode-se também, apresentar os indicadores através das próprias métricas (medidas) que traduzam a actividade relevante.
por Joana Eusébio / Nuno Matamouros
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